sábado, janeiro 15, 2005

Abertura do Novo Ano

Lisboa, 3 de Janeiro de 2005

Já passou mais um ano!
Acho que devíamos nascer com 80 ou 90 anos e a idade ir decrescendo... em vez de construirmos a nossa vida, a nossa cultura, a nossa personalidade, íamos desconstruindo-as, regressávamos ao seio da nossa família e à feliz inconsciência e ignorância infantil.
Mas a vida não é a decrescer (supostamente), por isso temos de a tornar feliz, tal como é.
Estou de regresso às aulas, aos trabalhos, aos estudos que tanto desejo, mas que de repente me dão uma facada e fazem-me pensar se realmente eu tenho vocação para ser estudante.
Será isto ainda uma réstia do pseudo-existencialismo (como alguém me disse) que estava a atravessar antes das férias do Natal? Será isto fruto de uma primeira aula de 2005 a ouvir Paul Simon, com um professor louco - tal loucura que por momentos desejo também em mim?
Espero que este ano comece melhor do que acabou o passado, com actos de vandalismo mesmo à porta de casa.
Que selva esta que eu habito! Animais... é o que a maioria das pessoas são. Sempre a olharem para o seu próprio umbigo. Desejo ardente de ser mais do que qualquer outro, -Ao meu lado ninguém! Eu estou noutro patamar! mesmo que para isso se tenha que espezinhar, humilhar, maltratar os outros animais aos quais chamamos humanos e nos quais eu acho que não há quase nenhuma, se é que nenhuma, humanidade.
A vida é uma breve passagem, se bem que trabalhosa para alguns, pode ser algo de muito gratificante, basta fazermos por isso! Cheguei a 2005, não sei se de 2005 passarei, por isso hoje vou procurar a minha humanidade.